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FAMÍLIA UM SONHO POSSÍVEL

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Certa vez ouvi de um palestrante que um sonho, para ser sonho mesmo, tem que ser grande; senão não vale a pena, nem deve ser chamado de sonho. Bem... a família é certamente o maior sonho de um ser humano.

Todas as pessoas desejam e têm necessidade de serem amadas. O amor é um dos pontos fundamentais para a saúde pessoa. Além da personalidade, todo o corpo humano quer receber carinho. Como afirmou Dostoievski, “o maior inferno é a incapacidade de amar”. Infelizmente muitos conhecidos nossos vivem nesse inferno. Isso ocorre muitas vezes por uma visão egoísta do que é o amor, por imaturidade e também por desconhecimento do princípio básico do amor - que é a entrega e a realização do outro -, e não apenas a realização de si mesmo, como muitas pessoas acabam demonstrando em seus comportamentos.

Pesquisas recentes mostram que o simples toque nas pessoas realizado por outro ser humano faz o organismo produzir a oxitocina, que é um hormônio que no cérebro funciona como um neurotransmissor e que é um dos responsáveis pela sensação do prazer e faz diminuir a sensação do medo e da ansiedade. Então os braços dos pais na contenção de uma criança quando chora são fisicamente e psicologicamente muito confortantes e necessários. O problema é que pesquisas demonstram que este hormônio tende a diminuir no organismo com o envelhecimento.

Atendendo como terapeuta de casais, pude constatar que a maior parte dos conflitos ocorrem pela falta de comunicação e falta de humor dos parceiros. Quando o casal têm sonhos em comum, há uma grande chance de a família ser muito feliz. Quando lutam juntos pelos sonhos em comum, então, ela fica imensa. É preciso muita parceria para fortalecer a família.

A elaboração do sonho em comum não é tão simples. Por exemplo, a simples decisão entre que é mais importante: uma viagem ou comprar uma cozinha nova? Muitas vezes para cada um dos cônjuges cada uma dessas coisas é a mais importante. Então, quando ambos acreditam que o outro abre mão de vez em quando, fica bem mais fácil abrir mão também. Quando ocorre o contrário e o casal observa e analisa tudo, como que utilizando uma régua para medir o quanto o outro recua para daí então recuar um pouco, a felicidade fica impraticável. Nossa régua costuma ser “nós mesmos” e é com ela que avaliamos tudo e a todos.

O casamento faz as pessoas crescerem como se estivessem em estufa, muito rápido mesmo, mas muitas vezes as pessoas recusam-se a crescerem. Muitas pessoas tendem a achar que o amor acabou justamente quando o verdadeiro amor está nascendo. Como afirma Sponville: “como pode o amor não se transformar em solidariedade, amizade e companheirismo - Filia”. Justamente nesse ponto do casamento, quando o casal tem muita solidariedade, as pessoas acham que o casamento acabou. Isso devido àquela ideia de que as pessoas devem viver eternamente procurando a paixão, viver de uma forma hedonista, ou seja, viver em função do prazer. Não da felicidade. As pessoas precisam aprender a distinguir a busca pelas coisas que causam prazer e aquelas que causam felicidade. As que trazem real felicidade demandam mais tempo, têm outra cara, exigem mais trabalho de quem as busca.

Outro ponto importante para reflexão: atualmente as pessoas estão invariavelmente insatisfeitas. Necessitam se perguntarem, nem que seja de frente para o espelho e redescobrir: nos momentos em que realmente sentiu que esteve próximo do que é a felicidade, o que lhe causou tal felicidade? Qual foi o memento mais marcante de sua vida? Tenho certeza que a maioria das pessoas vai se lembrar de alguém e não de algo que lhe causou tal felicidade.

Todo mundo corre o tempo todo em busca da felicidade olhando para fora e para os outros. A resposta pode estar em coisas muito mais simples do que a pessoa imagina. Pode estar em um abraço dos filhos, num carinho que pode se manifestar através de uma palavra ou até de um olhar com carinho.

A pessoa deverá aprender a doar-se e fazer o outro feliz, e se o parceiro tiver o mesmo propósito, aí sim, o casamento ou o relacionamento lhe trará felicidade. Doar-se ao outro atualmente é muito difícil, pois a maioria das pessoas pensam a vida como prazerosa somente no sentido de “receber”, mas a felicidade é um subproduto da realização. Somente quando você cria, realiza algo é que você amplia seu senso de realização e tem a sensação de felicidade, que é como se fosse um flesh. E os casais seguem quase sempre seguem se perguntando: por que o casamento não me faz feliz? A resposta para isso é: você está preparado para fazer o outro feliz? Você está compondo seu relacionamento de uma forma positiva? Está esperando ou fazendo sua parte? Está tomando as rédeas da sua vida para tornar sua família um sonho possível?

 

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